No dia em que a Operação Detalhes da Polícia Federal completou um mês, nesta quinta-feira (3), como esperado, os deputados estaduais baianos não se manifestaram sobre o tema. A oposição, no entanto, trouxe à tona outro “fantasma” além dos que supostamente lotavam o gabinete do pedetista Roberto Carlos. A minoria encontrou nos anais da Câmara Federal discursos do governador Jaques Wagner em favor do movimento grevista do magistério baiano, em junho e agosto de 2000. Na declaração, o petista diz que os professores e outras categorias de servidores públicos eram “massacrados pelo governo de Fernando Henrique Cardoso”. “O governador [César Borges] e o seu secretário da Educação recusam-se a dialogar com os representantes do movimento, que têm buscado negociação, e agora decidiram cortar o pagamento, condenando milhares de famílias a enfrentar o fantasma da fome”, afirmou o então deputado federal Wagner. No plenário da Assembleia Legislativa da Bahia, Leur Lomanto Jr. (PMDB) disse que o governador “passou de combativo defensor do segmento à interlocutor intransigente que não aceita dialogar, corta os salários e ainda retira benefícios de servidores”. O líder da oposição, Paulo Azi (DEM), e os deputados Bruno Reis (PRP) e Elmar Nascimento (PR) também ocuparam a tribuna para criticar o gestor. “Em 2011 o governo recebeu em transferência de recursos do Fundeb [Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica] R$ 1,66 bilhão e só aplicou no primeiro bimestre de 2012 19%, quando deveriam ter sido investidos 25%”, disse Azi. “O nome disso é traição”, protestou Elmar.
FONTE: SAMUEL CELESTIANO
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