A Educação tem sido alvo de
inúmeras batalhas com o gestor Jorge Pontes desde o início de seu mandato.
Profissionais da educação junto à APLB sindicato têm se mobilizado de todas as
formas, mas, como diz o próprio presidente sindical: “A luta continua”. Este ano tivemos uma greve que durou 19 dias,
o que equivaleu ao mês de Junho inteiro sem aulas, por conta do reajuste do
piso salarial que o prefeito disse não poder pagar aos educadores. A secretaria
de Educação promoveu após seu término um calendário especial de reposição da
greve que deveria ser seguido pelos profissionais da educação. Diante disso e
da obrigatoriedade reconhecida pelos professores para o cumprimento dos 200
dias letivos que é direito do aluno, as férias de Julho, feriados e sábados
foram inseridos no novo calendário das escolas com total aprovação dos
professores, além de estenderem o término do ano letivo, com recuperação, que
também é direito do aluno, para o dia 17 de Dezembro. “É direito dos alunos
terem seus 200 dias letivos cumpridos, eles não têm culpa da greve e não podem
ficar prejudicados”. Disse uma professora entrevistada pela redação na época da
greve.
Dessa vez, no entanto, a
decisão por parte do gestor municipal passou por cima inclusive do direito dos
alunos de ter seus 200 dias letivos cumpridos. O ano letivo teve seu término antecipado
para o final deste mês, inclusive com a semana de recuperação. Os alunos terão
a IV unidade atropelada e os professores precisarão correr contra o tempo para
encerrar o ano letivo e fechar suas cadernetas. A justificativa do gestor é que
tem que cortar gastos.
A contenção de gastos
começou já este mês com a retirada do adicional nos valores dos diretores
escolares, algo que vai contra o estatuto de magistério que diz que
profissionais que ocupem cargos de direção, vice-direção e secretaria têm
direito aos valores adicionais e que, segundo o advogado do sindicato, o Dr.
Nelson, uma vez que esse valor foi incorporado ao salário ele não pode ser
retirado de qualquer forma, a não ser quando o profissional sair do cargo. Além
disso, ao final de Novembro, todos os contratados terão que deixar seus cargos.
O cumprimento dos 200 dias
letivos é assegurado por lei e é direito do aluno. Os professores se
comprometeram a pagar os dias de greve por reconhecerem que os alunos não podem
sofrer por questões de apatia política e agora o Sr. Prefeito resolve encerrar
o ano letivo no final deste mês. Até onde iremos com tanto descaso? Será esta a
cara da educação por mais quatro ano? Ou isso só acontecerá mais este ano, para
tapar os eternos buracos da prefeitura?
POR: RONNY BAHIA
Nenhum comentário:
Postar um comentário