sábado, 10 de novembro de 2012

Gestor municipal de Cabrália versus educação: Um entrave que nunca termina


A Educação tem sido alvo de inúmeras batalhas com o gestor Jorge Pontes desde o início de seu mandato. Profissionais da educação junto à APLB sindicato têm se mobilizado de todas as formas, mas, como diz o próprio presidente sindical: “A luta continua”.  Este ano tivemos uma greve que durou 19 dias, o que equivaleu ao mês de Junho inteiro sem aulas, por conta do reajuste do piso salarial que o prefeito disse não poder pagar aos educadores. A secretaria de Educação promoveu após seu término um calendário especial de reposição da greve que deveria ser seguido pelos profissionais da educação. Diante disso e da obrigatoriedade reconhecida pelos professores para o cumprimento dos 200 dias letivos que é direito do aluno, as férias de Julho, feriados e sábados foram inseridos no novo calendário das escolas com total aprovação dos professores, além de estenderem o término do ano letivo, com recuperação, que também é direito do aluno, para o dia 17 de Dezembro. “É direito dos alunos terem seus 200 dias letivos cumpridos, eles não têm culpa da greve e não podem ficar prejudicados”. Disse uma professora entrevistada pela redação na época da greve.
Dessa vez, no entanto, a decisão por parte do gestor municipal passou por cima inclusive do direito dos alunos de ter seus 200 dias letivos cumpridos. O ano letivo teve seu término antecipado para o final deste mês, inclusive com a semana de recuperação. Os alunos terão a IV unidade atropelada e os professores precisarão correr contra o tempo para encerrar o ano letivo e fechar suas cadernetas. A justificativa do gestor é que tem que cortar gastos.
A contenção de gastos começou já este mês com a retirada do adicional nos valores dos diretores escolares, algo que vai contra o estatuto de magistério que diz que profissionais que ocupem cargos de direção, vice-direção e secretaria têm direito aos valores adicionais e que, segundo o advogado do sindicato, o Dr. Nelson, uma vez que esse valor foi incorporado ao salário ele não pode ser retirado de qualquer forma, a não ser quando o profissional sair do cargo. Além disso, ao final de Novembro, todos os contratados terão que deixar seus cargos.
O cumprimento dos 200 dias letivos é assegurado por lei e é direito do aluno. Os professores se comprometeram a pagar os dias de greve por reconhecerem que os alunos não podem sofrer por questões de apatia política e agora o Sr. Prefeito resolve encerrar o ano letivo no final deste mês. Até onde iremos com tanto descaso? Será esta a cara da educação por mais quatro ano? Ou isso só acontecerá mais este ano, para tapar os eternos buracos da prefeitura?

POR: RONNY BAHIA

Nenhum comentário:

Postar um comentário