Nesta Terça-feira, 18 de Dezembro, houve uma sessão
extraordinária na câmara de vereadores de Santa Cruz Cabrália, em que foi
colocado em votação o novo projeto de lei sancionado pelo prefeito Jorge
Monteiro Pontes. O projeto em questão possui artigos que vão de encontro a
cinco artigos do estatuto do magistério, instrumento de embate entre a classe e
o gestor no ano de 2011, gerando greve e negociado após o ponto culminante da
luta, o fechamento da BR 367, em Coroa Vermelha. A conquista que mantêm os
profissionais respaldados legalmente e os possibilitam progredirem de acordo
com seus títulos, sofre agora alterações com a interferência das novas leis.
A câmara de vereadores, tendo como presentes oito dos
vereadores que compõem a casa, abriu a votação com a presença de muitos dos
profissionais da educação, bem como a APLB sindicato, que demonstraram
indignação, pois, o projeto cuja categoria é supostamente “beneficiada (segundo
o gestor), não teve a participação dos educadores em sua construção. O projeto foi colocado em votação
sendo aprovado por unanimidade pelos vereadores presentes. A revolta estava
estampada no rosto dos profissionais da educação que vaiaram muitos os legislativos
presentes, pois, o projeto, além de
imobilizar as progressões, visa a incorporação da regência de classe ao salário
base, o que em números aumentaria visivelmente o valor do salário, no entanto,
na realidade permanece com o mesmo valor, porém, respaldos políticos para que
os reajustes anuais não aconteçam.Além disso, os educadores de nível I perderam
determinados benefícios já conquistados pela classe. A lei entrará em vigor a
partir do dia 01 de Janeiro de 2013.
Em entrevista da redação aos a alguns educadores presentes na
sessão, ouvimos dos mesmos que mais uma vez Excelentíssimo prefeito utilizou de
estratégias para se beneficiar, pois, novamente mandou um projeto para a câmara
já no final do ano, sem a oportunidade de análise por parte do grupo. “O gestor quer passar por cima de nossos
direitos aprovados pelos próprios edis no ano anterior, lutamos muito para o
alcance de nosso estatuto e agora teremos que torná-lo um documento inválido? Esta gestão já demonstrou desrespeito e continuará nos desrespeitando, porém,
continuaremos lutando.” Disse um educador revoltado com a atitude do prefeito.
“Nunca precisei de professor para ser eleito.” Bradou o vereador Israel Marinho
em um bate boca com alguns educadores, após o término da sessão.
POR: RONNY BAHIA
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