Todos os dias paro para refletir sobre minhas escolhas e sempre me pergunto: será que fiz a escolha certa? Quase sempre a escolha certa só é de fato concedida após termos feito algumas escolhas erradas.
Escolher é algo que fazemos cotidianamente desde o amanhecer , escolhemos a roupa com a qual iremos sair, o alimento do café da manhã, a rua pela qual iremos, por onde começaremos o trabalho, enfim, coisas corriqueiras mas, que precisam ser devidamente elaboradas, pois, corremos o risco de, mesmo nessas menores escolhas, cometermos equívocos que gerem consequências drásticas: a roupa errada pode nos tornar patéticos, um alimento errado pode causar uma indigestão matinal, a escolha de qualquer rua para a ida ao trabalho pode nos custar um atraso desnecessário. Existem, porém, aqueles que já condicionaram suas escolhas, e estas, uma vez definidas são repetidas e tornam-se cômodas o bastante para não serem mudadas.
O que de fato é algo a ser refletido caríssimos, são as escolhas que vão além daquilo que fazemos no dia a dia. São as escolhas que definem nossas vivências, escolhas essas que muitas vezes são irreversíveis e sofremos com as conseqüências de algo que nós mesmos construímos para um castelo de sombras que nos acompanha.
Nós somos feitos de tais escolhas e somos resultado de nossas escolhas ou até das escolhas de outrem. Somos parte de um mundo onde cada passo é um novo passo e o não caminhar é ponto de partida para o não alcançar.
É possível que sejamos conduzidos, é possível que sejamos condutores. Todo caminho tem duas perspectivas e duas possibilidades e, cada uma leva ao sim e ao não. Fazermos o que de fato é certo é algo plausível mas, nem sempre acertaremos o primeiro alvo, o importante porém, é que o primeiro alvo que não fora acertado crie uma visão ampliada e permita-nos fazer um novo caminho, onde cada lance se destine a acertar.
TEXTO: ADRIANA PESCA 09/03/2012
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