As duas estudantes de 17 anos que se envolveram em uma briga dentro de uma escola estadual em Salvador, na manhã desta terça-feira (11), foram ouvidas na Delegacia do Adolescente Infrator (DAI). Uma feriu o braço da outra com uma faca. A garota revidou ferindo as costas da agressora com uma caneta.
Na delegacia, a agressora contou que usou a faca para se defender. "Ela veio me perguntar porque eu estava olhando para ela. Eu disse que não estava. Aí ela tentou me bater ainda do lado de fora do colégio, mas não conseguiu porque era hora de entrar para a aula. Depois da aula, ela veio me perguntar isso de novo, aí veio me bater com os amigos e a gente entrou na cozinha. Você já viu o tamanho do corpo dela? Eu peguei a faca que estava na cozinha e acertei no braço dela. Quando eu vi que machucou, eu larguei a faca e me assustei. Depois ela e os amigos me bateram", relatou.
A garota que foi atingida no braço deu explicações sobre o motivo de ter procurado a colega. "Eu fui perguntar o motivo dela soltar piadinhas para mim", diz a jovem.
"A gente ainda não investigou completamente, mas muitos desses casos têm relações com ciúmes. Vamos investigar se tem namorado envolvido nisso", informou a delegada Claudenice Mayo.
Caso
A jovem de 17 anos ficou ferida no antebraço após a briga com uma colega na manhã desta terça-feira, no Colégio Estadual David Mendes Pereira, em Colinas de Pituaçu, na capital baiana. De acordo com a polícia, após uma discussão entre as jovens, a agressora invadiu a cantina do colégio, pegou uma faca e cortou o braço da vítima, que também foi atingida por um soco no olho.
Uma mulher que trabalha na cantina do colégio conta o que viu. "Na hora, muito sangue... Os professores, o diretor, o vice, todo mundo desceu na hora, aquela agonia toda, foi uma coisa rápida, que ninguém esperava", diz.
A adolescente foi socorrida por uma equipe do Samu e encaminhada para unidade de saúde no bairro de São Marcos. Já a outra jovem foi levada para a Delegacia para o Adolescente Infrator (DAI) por uma equipe da Ronda Escolar, acionada pela direção do colégio. Ela pode ser punida com medidas socioeducativas.
"Isso nunca aconteceu. Tenho três anos na gestão da escola, e isso é um fato isolado mesmo, que não foi criado dentro da escola. Como elas mesmas me passaram, tinham rixas de fora, moram no mesmo bairro, e só fez mesmo culminar dentro da nossa unidade escolar", afirma Otacimar Cardoso, diretor da escola.
Procurada pelo G1, a Secretaria Estadual de Educação informou que a estudante agredida passa bem e que as famílias das alunas foram chamadas à escola para que providências sejam adotadas.
Diretores da Secretaria foram até o colégio. "Não é uma violência da escola, é uma violência que acontece também na escola. O que ele vem fazer dentro da escola? Ele vem para a escola para estudar, para procurar aprender, não para procurar violência, briga, essa é uma orientação bastante importante que a família dê para que o estudante venha com boas intenções para dentro da escola, que venha efetivamente estudar", avalia Luís Henrique Peixoto, diretor regional de educação.
FONTE: G1 BA
Nenhum comentário:
Postar um comentário