Brasil cede à pressão do Vaticano e tira direito feminino do texto da Rio+20

O governo brasileiro cedeu aos apelos do Vaticano e tirou a expressão "direitos reprodutivos" do novo projeto de texto final da Rio+20, apresentado na manhã desta terça-feira (19). A medida iria designar a autonomia da mulher de decidir quando poderia ter filhos. Segundo Beatriz Galli, da ONG feminista Ipas, a exclusão do termo rompe uma promessa feita na segunda (18) pela diplomacia brasileira, que tinha afirmado que a manutenção do texto foi um compromisso com a Secretaria das Mulheres da Presidência. O novo documento agora fala apenas em "saúde reprodutiva", o direito de acesso a métodos de planejamento familiar e trata de alguns outros direitos sexuais femininos. A entidade católica, que tem status de “observador” na ONU, queria também tirar as referências. A pressão da Santa Sé vinha desde o início das negociações do texto. A posição teve apoio explícito de Chile, Honduras, Nicarágua, Egito, República Dominicana, Rússia e Costa Rica. Bolívia, Peru, México, Uruguai, Canadá, Islândia e EUA se pronunciaram em favor do texto original, com a expressão "direitos reprodutivos". Informações da Folha.

FONTE: O GLOBO