Andressa Prado de Olivera, de 26 anos, mãe do bebê de 1 ano que foi encontrado morto dentro do carro da família, disse que não imaginou que uma tragédia pudesse acontecer. “Eu amava meu filho, eu nunca faria mal para ele. Eu tenho até uma tatuagem com o nome dele”, defende-se. A criança foi encontrada morta, na tarde de terça-feira (27), dentro de um veículo com os vidros fechados, no Parque Santa Luzia, em Aparecida de Goiânia.
De acordo com a mãe, que está grávida de cinco meses, o menino gostava de brincar no carro. A criança foi colocada por volta das 9 horas e, após tomar um remédio para enjoo, a mãe se deitou. Ela teria acordado somente por volta das 13h, quando seu companheiro, que não é o pai do bebê, a chamou e deu a notícia que a criança estava morta.
“Ele [o bebê] estava com manha, então, eu o coloquei no carro, porque ele gostava de brincar lá. Toda vez que eu colocava, ele se acalmava. Só que eu entrei [em casa] e, como eu tinha tomado um remédio para enjoo, eu acabei dormindo e acordei com o meu marido dizendo que ele estava morto. Eu sempre deixei os vidros abertos e não sei como eu dei esse vacilo de deixar os vidros fechados desta vez”, explica Andressa.
De acordo com o perito criminal Rogério Macedo, havia manchas no corpo da criança e secreção na garganta. “O bebê morreu, provavelmente, por asfixia, porque teria obstruído as vias respiratórias. Depois que ele vomitou, ele teria regurgitado o material, mas isso só será comprovado por autópsia”.
Segundo a delegada responsável pelo caso, Myriam Vidal, Andressa poderá responder por homicídio doloso, quando há intenção de matar, porque, segundo a delegada, ela sabia dos riscos quando deixou a criança no carro. “A mãe tem a obrigação legal de proteger a criança e, colocando o bebê no carro com os vidros fechados durante o sol, ela assumiu o risco do óbito”. De acordo com Myriam Vidal, o pai do bebê está preso por tráfico de drogas e os dois lutavam na Justiça pela guarda do filho.
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