segunda-feira, 19 de março de 2012

Estudante pode ter morrido engasgado com bala em Campinas


A morte do estudante Diego de Oliveira Santos, de 13 anos, após parada respiratória dentro de uma sala de aula, pode ter ocorrido após se engasgar com uma bala. O adolescente passou mal na manhã desta segunda-feira (19), na Escola Estadual Dr. Paul Engene Charbonneau, no Jardim Fernanda, em Campinas, no interior de São Paulo.

O estudante Wilian Augusto da Silva relata que o amigo começou a passar mal logo após receber o doce. "Ele pediu uma bala para mim. Ele estava brincando comigo, eu levantei e ele saiu correndo. Depois ele voltou, sentou na cadeira e começou a passar mal. Pensei até que fosse brincadeira. Ninguém fez nada para socorrer", disse.



De acordo com a assessoria de imprensa da secretaria de Comunicação, os médicos localizaram um corpo estranho na garganta do adolescente, mas apenas um laudo do Instituto Médico Legal (IML) poderá confirmar se essa foi a causa da morte ou se Diego sofreu uma parada respiratória após ter uma crise convulsiva. A divulgação de ser feita em até 30 dias
A mãe da vítima, Claudete Gomes de Oliveira, explica que antes de ir à escola o filho realizou as tarefas de rotina, como trocar de roupa, esquentar um copo de leite para o café da manhã e despedir-se dela. A dona de casa ressalta que o filho era saudável e conta que 40 minutos após a saída da criança, recebeu uma ligação da escola com questionamentos se o filho já havia sofrido convulsões no passado.

"Eu disse não. Moro um pouco longe e daí pedi para o meu cunhado ir até lá, pois também já estava indo. Daí ele buscou o Diego, me encontrou no caminho e viemos para o pronto-socorro [Centro de Saúde do Jardim Fernanda]", explica.

O tio da vítima, Manoel da Silva Santos, afirma que chegou à escola 20 minutos depois de receber a ligação da cunhada. Ao chegar no local, encontrou o adolescente deitado sobre uma mesa e foi informado pela escola que o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) já havia sido acionado. "Eles [Samu] vieram aqui [pronto-socorro], tentaram reanimar, mas nada. Demoraram para socorrer", afirma.

Atendimento
Para o diretor do Samu, José Roberto Hansen, não houve falha. "Foi uma fatalidade, o atendimento foi dentro da normalidade". Um funcionário, que preferiu não se identificar, explica que a ocorrência chegou ao Samu às 7h33 e foi liberada viatura às 7h42, assim que outro caso foi concluído. "Às 7h59 chegou outra solicitação semelhante e foi encaminhada mais uma viatura ao pronto-socorro. Foram 11 minutos até o local. O problema foi a retirada da criança da escola", explica.

Em nota, a assessoria de imprensa da Secretaria Estadual de Educação informou que, ao sentir-se mal em sala de aula, o aluno foi imediatamente atendido pelo professor-mediador, que acionou o Samu e os responsáveis. O professor foi orientado pelo serviço médico sobre quais procedimentos deveriam ser adotados até o resgate chegar, mas um familiar levou o estudante ao pronto-socorro mais próximo, na presença de uma funcionária da escola.



A secretaria informou ainda que a unidade escolar está prestando todos os esclarecimentos e apoio à família do aluno. As aulas estão mantidas para esta terça-feira (20).

Nenhum comentário:

Postar um comentário